É justo afirmar que a região ocidental do nosso mundo ficou famosa por introduzir o géneroRPG nos videojogos, com títulos muito famosos como Ultima,Excalibur ou até Wizardry, que puxavam elementos de Dungeons & Dragons e de Role Playingpara o pequeno ecrã, mas foram os japoneses que conseguiram globalizar e expandir o género com títulos mais simples e acessíveis como Final Fantasy, The Legend of Zelda e Dragon Quest. Esta última série mencionada, tornou-se numa de culto com muitos seguidores, e que actualmente consegue ser das mais requisitadas no Japão. Tal como aconteceu com Final Fantasy, o sexto capítulo da série Dragon Quest foi o último a ser lançado na Super Nintendo, sendo que este lançamento foi apenas feito noJapão, tornando Dragon Quest VI o segundo jogo a não ser lançado em território Ocidental. Com a Square-Enix a trazer estes jogos que nunca cá chegaram para a Nintendo DS, foi uma questão de tempo até o 6º capítulo ser lançado na Europa, e o momento aconteceu este ano com o lançamento de Dragon Quest VI: Realms of Reverie.
Em Dragon Quest VI: Realms of Reverie, o jogador irá entrar no meio de acção logo no início do jogo, onde a personagem principal e os seus acompanhantes,Carver e Milly, se aproximam do castelo do terrívelMurdaw. Após entrarem no castelo, são apanhados numa cilada, ficando imobilizados, o que permite aMurdaw lançar um ataque sobre os heróis, lançando-os para fora do seu castelo. Após esse incidente, a personagem principal acorda na sua cidade deWeaver’s Peak, sem se lembrar de acontecimentos passados, e a pedido do rei da cidade de Somnia, vamos combater o maléfico Murdaw. O jogo encontra-se dividido em dois mundos, o mundo Real e o mundo de Sonho. Cada mundo possui particularidades diferentes, onde para descobrirmos certos items e até mesmo personagens, vamos ter que viajar por entre os mesmos. Para trocarmos entre eles, o jogador terá que atravessar portais especiais, que podem variar desde simples poços, até cair em buracos enormes espalhados pelo mundo.
Apesar desta complexidade no mundo, Dragon Quest VI: Realms of Reverie mantêm-se um RPG à moda antiga, ou seja, cada personagem possui um nível que funciona como representação da sua força, e para aumentá-lo teremos que combater contra monstros. Para além destes níveis numéricos, as personagens possui outras características que irão determinar a sua prestação em combate, como destreza, agilidade, ataque, defesa, etc. A sua prestação em combate não é apenas resultante das suas características pessoais, sendo que para conseguirmos ter uma vantagem perante o inimigo, vamos precisar de equipar as nossas personagens com todo o tipo de adornos alusivos ao combate, como armas, escudos, armaduras, capacetes, e que podem ser compradas em lojas das cidades espalhadas pelo mundo do jogo. Para além disso, algumas personagens possuem também magias, que servem não só para atacar os inimigos e causar vários efeitos adversos, mas também para curar e beneficiar os aliados.
A progressão em Dragon Quest VI: Realms of Reverie é feita de uma maneira que já é apanágio da série. Vamos seguir a história da nossa personagem, perseguir e destruir o malvado feiticeiro Murdaw, mas no nosso caminho vamos conhecer todo o tipo de pessoas, aldeias e cidades com os seus problemas e dilemas, que nós iremos ajudar a resolver. Estes objectivos extra nos quais iremos ajudar outros irão proporcionar alguns dos melhores momentos do jogo, o que irá oferecer um vasto número de horas extra para os jogadores mais perfeccionistas, que têm a ambição de completar todas e quaisquer missões. A Square-Enix adicionou alguns mini-jogos como Slippin’ Slime, que compensa a falta de compatibilidade com o estilete da consola, ou outros tipos de jogos dentro de casinos e afins.
A apresentação não é o ponto mais forte de Dragon Quest, isto tendo em conta que se trata de um remake, por isso uma melhoria gráfica existe, mas não tão radical para manter a essência do título original. Como já afirmei, o grafismo foi melhorado e, mesmo com sprites em 2D, vários monstros possuem um movimento fluído em combate ao invés da simples imagem estática, sendo que até efeitos como fogo e outras magias estão bem conseguidos. O som não sofreu alterações no que toca à sua construção, sendo apenas melhorado no que toca à qualidade de alguns aspectos, para ter uma apresentação mais moderna.
Dragon Quest 6 chega em grande para a Nintendo DS, marcando assim a primeira vez que o jogo é lançado fora de território japonês, com um jogo consistente e fidedigno à sua versão original. Se são fãs de RPGs orientais à moda antiga, ou da série Dragon Quest, então este jogo é para vocês. Se procuram uma experiência mais moderna, então aconselho a jogarem Dragon Quest 9 também para a Nintendo DS.
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