sábado, 17 de dezembro de 2011

Super Nintendo: 20 anos de glória!

Para quem ainda não sabe, SNES significa Super Nintendo Entertainment System. O console foi lançado em 1991 e vendeu mais de prodigiosos 46 milhões de unidades ao redor do mundo inteiro. Agora, prepare-se para conhecer a história desse colosso dos video games.

Há muito tempo atrás...

Tudo começou com a companhia Nintendo vendendo “Hanafuda”, jogos japoneses simples de cartas. O sucesso foi tão estrondoso que a empresa teve que aumentar a produção e construir novas fábricas. Até que em certo ponto da história, para a alegria do mundo dos games, foi lançado o primeiro console da marca: o NES (Nintendo Entertainment System, Famicom no Oriente).




A plataforma também ficou conhecida como “Nintendinho” aqui no Brasil e a empresa não pretendia produzir sucessores, até quando a grande concorrente da “Big N”, a SEGA, resolveu lançar sua plataforma de 16 bits: o Genesis/Mega Drive. Essa razão levou a Nintendo prontamente a produzir um rival à altura, e foi assim que surgiu o Super Nintendo Entertainment System.

A primeira grande guerra dos consoles estava lançada. Até os dias atuais, a comparação entre SNES e Mega é muitíssimo controversa.

O impacto mundial
O poder do SNES

Os mais jovens podem não ter possuído ou mesmo jogado a plataforma da “Big N”, mas certamente já ouviram muitas menções ao nome, tão popular no planeta inteiro.


No Japão, a máquina de diversão foi lançada um ano antes da versão americana, com o nome de Super Famicom. Nos tempos de glória do video game, não era incomum encontrar na casa de algumas pessoas periféricos usados no SNES, como o famoso “controle turbo”, com a logomarca japonesa inscrita.



Os britânicos também tiveram a sua própria versão do aparelho, que foi lançada em junho de 1992. O console europeu era muito mais parecido com o Super Famicom do que com o modelo americano, inclusive pelas cores dos botões do joystick.

Alguns anos mais tarde, já com o sucesso consolidado, foi lançada uma versão menor do console, batizada de Slim. O video game diminuiu um pouco de tamanho, com a mesma coloração do americano, porém com os botões de liga/desliga e reset em posições diferentes.

O primeiro Highlander dos games

Para se ter uma ideia do poder e da influência desse console, mesmo depois que os periféricos com o dobro da capacidade de processamento gráfico, o Super Nintendo continuou sendo produzido e manteve-se bem posicionado no mercado mundial de vendas. A Nintendo of America não parou de fabricar o aparelho de 16 bits até o ano de 1999. No Japão, o prodígio foi maior ainda: o SNES só deixou de ser fabricado em setembro de 2003.

Uma curiosidade muito especial é que em determinada época, quando a SEGA lançou o SEGA CD, a Nintendo firmou uma forte parceria com a Sony. O intuito dessa união era o desenvolvimento de um anexo ao SNES que lesse CDs, rivalizando com o console “tecnológico” da empresa do porco-espinho azul. O projeto, que acabou por ser infrutífero para a “Big N”, era chamado de PlayStation. Qualquer semelhança não é mera coincidência...

Referência em joystick



O joystick consistia em um direcional analógico controlado pela mão esquerda e no lado direito os botões X, B, A e Y, dispostos em formato de cruz. Nas extremidades superiores, bem ao alcance dos dedos indicadores, os bumpers R (right, direita) e L (left, esquerda). Estão aí os controladores como todos nós conhecemos e mais gostamos até hoje.



A própria “Big N” inovou alguns anos mais tarde com o Wii e seus controles duplos e separados. Porém, o padrão até hoje é o mesmo. Desde PlayStation, passando por Xbox e DreamCast, todos os consoles têm um controlador baseado no design de SNES. Principalmente ao que se refere aos botões L e R e “gatilhos”.



Bigodes e encanamentos

Como falar de Super Nintendo sem mencionar o encanador bigodudo? A princípio, Super Mario All-Stars era o cartucho que vinha junto com os aparelhos recém-adquiridos. Mais tarde foi Super Mario World que ocupou o lugar oficial de primeiro jogo do console.


Já a versão Slim da plataforma trazia consigo Super Mario World 2: Yoshi's Island. E não é só por acompanharem os consoles que os irmãos italianos forjaram seus nomes na história. Mario acabou por se tornar a mascote da Nintendo, encabeçando tudo que fosse referente à marca.

Lista de jogos bons

Você já deve ter cansado de ouvir: “nossa, tal console tem uma lista de jogos bons”. Mas na hora de listar mesmo, acabam saindo sempre os mesmos seis ou sete games mais típicos. Isso acontece, geralmente, porque ninguém nunca se lembra dos nomes na hora, ou porque acabam discutindo sobre a relevância de cada sugestão.


O Super Nintendo conseguiu, de alguma maneira desconhecida, que uma quantidade absurda de jogos fosse considerada boa pela crítica e público. Até os games ruins do SNES deixam saudade. Em todo caso, para provar que é fácil fazer um apanhado de títulos excelentes, aí vai:

*The Lion King
*Rock N' Roll Racing
*Top Gear
*The Mask
*Super Mario RPG: Legend of the Seven Stars
*Final Fight
*NBA Jam
*Breath of Fire
*Harvest Moon
*Super Star Soccer
*Blackthorne
*Flashback: The Quest for Identity
*Pilotwings
*Super Metroid
*Contra III: The Alien Wars
*Ogre Battle: March of the Black Queen
*Super Castlevania IV
*Kirby Super Star
*Secret of Mana
*Toy Story
*Super Mario World
*The Legend of the Mystical Ninja
*E.V.O.: Search for Eden
*F-Zero


*Star Fox
*Super Star Wars
*Pocky & Rocky
*Illusion of Gaia
*Earthworm Jim


*The Lost Vikings
*Shadowrun
*Final Fantasy IV
Final Fantasy VI
Out of This World
*The Magical Quest Starring Mickey Mouse
*Gradius III
*Demon’s Crest
*EarthBound
*Stunt Race FX
*Lemmings
*Soul Blazer
*Lufia & the Fortress of Doom
*Kirby’s Dream Course
*Vegas Stakes
*Super Ghouls 'n Ghosts
*Secret of Evermore
*On the Ball
*Super Punch Out!!
*Mickey Mania: The Timeless Adventures of Mickey Mouse
*SimCity
*R-Type III: The Third Lightning
*Cool Spot
*Killer Instinct
*Aladdin
*Mega Man X
*Indiana Jones’ Greatest Adventures
*Axelay
*Super Street Fighter II: The New Challengers
*Zombies Ate My Neighbors

Super Nintendo
O melhor!





O aniversário de 20 anos de um dos melhores e mais queridos consoles de todo o mundo não podia mesmo passar esquecido. Como atingir tamanho sucesso? Confira os itens elencados em ordem de importância:

*Uma lista incomparável de título, tanto em quantidade quanto em qualidade;
*A maior lista de RPGs da história;
*O sistema operacional reproduzia com muita exatidão o que era jogado nos fliperamas;
*O hardware do console é extremamente resistente e durável;
*Na sua época de glória, o SNES teve gráficos e capacidade de processamento de vanguarda, em relação à sua própria CPU;
*O sistema de áudio é quase independente do resto das funcionalidades, permitindo trilhas sonoras memoráveis (até hoje);
*Os games que precisavam de mais poder de processamento gráfico, simplesmente recebiam um chip interno. (como o chip Super FX em Star Fox).

Equipe BJ
Os games de SNES que marcaram o Baixaki Jogos

Carlos Eduardo Ferreira:
The Legend of Zelda: A Link to the Past


Motivo: Reconheço que o eterno e atemporal Link conta com aventuras bem mais novas e tecnicamente evoluídas. Mas A Link to the Past foi realmente um jogo que me marcou bastante... além de trazer o primeiro motivo razoável para aprender inglês. Uma trama ótima e bem amarrada, batalhas em tempo real (nada de turnos!) e dúzias de objetivos paralelos e armas para se correr atrás. Um épico que certamente marcou uma geração.

Felipe Demartini:
Donkey Kong Country


Acho que esse foi o jogo com que eu mais me diverti desde o lançamento de Super Mario 3. Os gráficos também eram bem inovadores para época, e a grande quantidade de coisas pra fazer nas fases e de itens para pegar fazia com que eu quisesse jogar sem parar. Eu não tinha o cartucho, então dei muito dinheiro para a locadora perto da minha casa para terminar o DK.

Carlos Augusto:
 Chrono Trigger


Motivo: Bem, desde que o joguei pela primeira vez me apaixonei pelo jogo. Como fã de quadrinhos, mangás e animes, o traço e o tom da trama logo me chamaram a atenção — mesmo porque o mangaká Akira Toriyama, pai do Goku e sua turma, é quem assina a arte do jogo. Entretanto, é muito difícil escolher apenas um game. Como deixar de lado títulos como Shadowrun e Rock N' Roll Racing? No final, fica apenas a lembrança de um console maravilhoso que mudou para sempre a história dos video games.

Durval Ramos: 
Mighty Morphin Power Rangers: The Movie


Então, falar que Mario, Zelda, Donkey Kong e Chrono Trigger são os melhores jogos do SNES é falar o óbvio. Porém, além desses, um jogo que me marcou muito foi o Mighty Morphin Power Rangers: The Movie. Primeiro porque o game saiu bem na época que o seriado estourou no Brasil e o deixou ainda mais popular, e depois porque ele ainda é uma das melhores adaptações de filmes lançadas até hoje (até porque não tem quase nada relacionado ao filme). Além disso, ele tinha uma trilha sonora muito boa e a jogabilidade era bem simples e funcional, o que deixava a molecada bem empolgada na época. Sem contar que a animação da hora de morfar, era muito legal e fiel à série, o que ajudou a marcar o jogo na memória.

Gabriel Soto Bello:
 Goof Troop




É praticamente impossível escolher apenas um jogo favorito do Super Nintendo, já que a plataforma abriga tantos clássicos. Mas, sem dúvidas, Goof Troop é um dos games com os quais mais me diverti jogando. A obra de Shinji Mikami, que mais tarde criaria a série Resident Evil, trazia um dos multiplayers mais bacanas da época, com trabalho em equipe e muita bagunça, o que rendia muitas risadas!

Gustavo Bonato Abrão: 
Mario Kart


Mario Kart marcou minha vida porque a galera sempre se reunia para tentar abrir ouro nos campeonatos em 150 cc na casa dos amigos. Eu fui um dos últimos a ter o SNES, por isso ficava imaginando como seria legal praticar quando eu ganhasse o meu console. Meu pai foi para o Paraguai e me trouxe uma versão em japonês toda zoada. Enquanto a galera jogava o certo, lá estava eu tentando entender o japonês zoado, com umas pistas a mais e todo bugado. O dia que consegui a versão original foi uma das maiores alegrias da vida!

Cássio Barbosa: 
Teenage Mutant Ninja Turtles IV: Turtles in Time


Eu nunca tive um Super Nintendo; fiz parte da turma que escolheu o ouriço azul. Ainda assim, me diverti muito na casa de amigos que escolheram o console da “Big N”, sendo que o game que mais me fez ter inveja deles era Turtles in Time. Não só porque era estrelado pelos meus personagens favoritos, mas também porque era muito agradável tanto visualmente quanto em sua jogabilidade multiplayer.

Ricardo Fadel:
 True Lies


Trata-se de um jogo que não possui aspectos excepcionais, mas é capaz de divertir de uma forma bastante empolgante. True Lies, baseado no longa-metragem de 1994 com Arnold Schwarzenegger e Jamie Lee Curtis, é muito desafiador e exige que o gamer fique atento à tela a todo o momento. Encarnar o famoso ator de Hollywood não é uma tarefa fácil, pois as peripécias do ex-governador da Califórnia são possíveis apenas em filmes, não é mesmo? De qualquer maneira, eis um título que consegue divertir com praticidade e doses espantosas de ação até mesmo quem nunca teve um SNES, como eu.


Maurício Tadra:
 Mortal Kombat 3



Sinceramente sempre fui muito dividido entre o Mega Drive e o Super Nintendo. Comecei com o console da SEGA, até que em certo ponto troquei-o pelo Super Nintendo com meu primo. Então, posso dizer que isso mudou desde que comprei o cartucho de Mortal Kombat 3. Depois, foi só descobrir os códigos para desabilitar a defesa dos personagens e fatalities com um botão só, que tudo começou a fazer mais sentido. MK, para mim, é o segundo melhor jogo de luta já feito até hoje, e foi coroado com o Ultimate Mortal Kombat 3.

Edelson Werlish: 
Bubsy in: Claws Encounters of the Furred Kind


Enquanto todo mundo que eu conhecia tinha um Super Nintendo com Super Mario World, eu era o garoto diferente do bairro, pois o meu video game veio com Bubsy. Ainda assim, gosto do que aconteceu comigo, afinal Bubsy era um ótimo jogo de plataforma do qual poucas pessoas se lembram hoje. Enquanto isso, Super Mario World continua um jogo muito acessível até hoje.

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